terça-feira, 21 de agosto de 2012

A estação das eleições


É trés bizarre época de propaganda política e eleição. Para onde olhamos há aqueles banners de gráfico tosco. E aquelas poses com o sorriso colgate e a tentativa de ter carisma. Votaríamos muito melhor se pudéssemos votar em quem não escolheu ser candidato. Quem tem pretensão de se candidatar perde a aura. Em época de eleição é tão chata a obrigatoriedade do voto. Fica mais fácil comprar ou achar que tem que escolher algum, votar no “menos pior”. Imagine como construir um candidato: corta o cabelinho, faça parecer limpo, tenha um telepronter e um fundo amarelo, azul ou de qualquer cor primária. Engraçado, no mínimo sem graça nenhuma. E ainda vem um partido de brinde, aquela corja de candidatos que vieram de lá sei onde. Quanto mais legal a pessoa que se candidata é, mais dá para saber como ela consegue ficar chata, cheia de partidos e politicagem. Politicagem é considerada uma palavra ruim no Brasil. Fazer politicagem para nós é uma coisa negativa, então imagine só, ninguém tem dúvida de que ser político é bom para o bolso e ruim para a moral. Só dou graças a deus por não votar na cidade onde resido e justificar em toda eleição. Mas pensa, não ajudo, mas mesmo assim me sinto no direito de criticar o Kassab, por exemplo. A maioria sempre decide. O Lula que é o Lula, que bombou no carisma, tem envolvimento no Mensalão. E os que batem de frente, tipo um Joaquim Barbosa, ou até o lesado do Suplicy são raridades. E ainda pode surgir alguma polêmica. Se não há candidatos que temos certeza que são pelo menos do bem, mais ou menos do bem, como votar? É muito arriscado. Podem proibir chorar na rua, ou ser feliz.

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